A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (10), o texto-base do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera a forma de cálculo das penas aplicadas aos condenados por tentativa de golpe de Estado. A mudança pode reduzir o tempo de prisão de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

O placar registrou 291 votos favoráveis, 148 contrários e uma abstenção. Setenta e dois parlamentares não participaram da votação.

Da bancada do Espírito Santo, sete dos dez deputados votaram a favor do projeto. Dois se posicionaram contra e um esteve ausente — embora sua articulação política seja pública em apoio ao texto. Veja como votou cada representante:

Como votou a bancada capixaba:

  • Amaro Neto (Republicanos) – Sim

  • Da Vitoria (PP) – Sim

  • Evair de Melo (PP) – Sim

  • Dr. Victor Linhalis (Podemos) – Sim

  • Gilson Daniel (Podemos) – Sim

  • Gilvan da Federal (PL) – Sim

  • Helder Salomão (PT) – Não

  • Jack Rocha (PT) – Não

  • Messias Donato (Republicanos) – Sim

  • Paulo Folleto (PSB) – Ausente, mas declarou apoio ao projeto

A proposta segue agora para o Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), já indicou que pretende pautar o tema ainda em 2025. Se também for aprovada pelos senadores, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir pela sanção integral, parcial ou veto.

O que diz o projeto

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ao PL 2162/23, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e outros parlamentares.

A proposta prevê que, quando os crimes de tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado forem cometidos no mesmo contexto, o réu deverá cumprir apenas a pena mais elevada — e não a soma das duas condenações, como ocorre hoje.

A versão original discutida na Câmara incluía um dispositivo de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro, mas esse trecho foi excluído durante a tramitação.

*Com informações d’A Gazeta 

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