
Manaus (AM) – O setor produtivo da Zona Franca de Manaus iniciou uma nova rodada de discussões estratégicas durante o primeiro Fórum de Comércio Exterior, promovido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) em parceria com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM).
O evento reuniu representantes da indústria, de instituições públicas e entidades do setor para tratar de temas relacionados à modernização do comércio exterior, à implementação da Reforma Tributária e à integração dos conceitos da Indústria 5.0 ao ambiente produtivo local.
Planejamento diante da Reforma Tributária e novos processos produtivos
O superintendente da SUFRAMA, Bosco Saraiva, abordou os desafios e as ações em andamento para adequar a Zona Franca de Manaus às novas exigências do cenário nacional.
“Nós temos procedimentos velozes que já estão acontecendo. Esses fóruns objetivam que possamos alcançar sustentabilidade e estabilidade do nosso polo, que foi assegurada com a Reforma Tributária. Agora, com sua implantação a partir de janeiro, é necessário estarmos preparados para que não haja solução de continuidade”, disse Saraiva.
Ele também mencionou a importância da integração entre órgãos como a Receita Federal, SUFRAMA, empresas e instituições de controle.
“É fundamental que todos estejam atualizados, falando a mesma linguagem. Isso facilita o exercício da política pública e permite acompanhar, fiscalizar e modernizar o processo produtivo”, completou.
Saraiva também mencionou o papel da inteligência artificial e dos avanços em softwares nos novos ciclos produtivos.
Indústria 5.0 no contexto do comércio exterior
O presidente executivo do CIEAM, Lúcio Flávio de Moraes, destacou que o fórum teve como foco central provocar a reflexão sobre a Indústria 5.0 e sua aplicação no comércio exterior.
“A ideia é chamar atenção para a necessidade de caminharmos para a Indústria 5.0 e aplicar esse conceito ao comércio exterior. Manaus registrou recordes de importação, o que mostra a relevância desse setor para a economia local e regional”, explicou.
Segundo ele, o comércio exterior envolve diversas atividades, como logística e serviços, e pode contribuir para a ampliação das exportações do Polo Industrial.
“Isso pode gerar uma cadeia de atividades econômicas e ampliar a capacidade exportadora das indústrias locais”, afirmou.
Capacitação e desafios futuros
O coordenador da Comissão de Comércio Exterior do CIEAM, Celiomar Gomes, ressaltou que o evento marca o início de um processo de troca de experiências entre as indústrias e os parceiros institucionais.
“Esse é o primeiro fórum de comércio exterior e a intenção é realizar mais encontros. Trata-se de uma iniciativa conjunta de diversas indústrias com a SUFRAMA”, destacou.
Ele afirmou que a proposta inclui a introdução de novas tecnologias e a busca por capacitação técnica.
“Queremos trazer mais tecnologia para a população, desafiar as indústrias à modernização e incentivar as instituições de ensino a preparar seus alunos para o futuro”, declarou.
Celiomar também citou a capacitação humana como um dos pilares da Indústria 5.0, ao lado da sustentabilidade e do desenvolvimento regional.
Próximas etapas e continuidade do debate
O Fórum de Comércio Exterior é parte de uma agenda mais ampla que busca fortalecer o diálogo entre o setor industrial, o poder público e demais entidades atuantes na região. As discussões iniciadas no evento devem ter continuidade em novos encontros voltados à integração tecnológica, capacitação profissional e estratégias para inserção da produção local nos mercados internacionais.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.